Homeopatia não é ciência

ResearchBlogging.orgOs eventos ocorridos às 10:23 do último sábado 5/2/2011 chamaram mais uma vez a atenção para o status da homeopatia na sociedade brasileira. Isso fez com que a Associação Médica Homeopática Brasileira se sentisse incomodada a ponto de manifestar-se através de Nota Oficial em seu periódico "A Gazetinha". Nota oficial, como seu pomposo nome indica, é um recurso utilizado quando algum fato é grave o suficiente demandando uma atitude formal e solene. Aqui vou analisar e comentar a nota e as informações nela contidas dentro de uma visão científica.
O cabeçalho da Gazetinha, reproduzido aqui, já chama a atenção. Além de uma estranha imagem de Samuel Hannemann, o criador da doutrina homeopática e do logo da associação, aparecem os logos da Associação Médica Brasileira e do Conselho Federal de Medicina, como se eles fossem parceiros da AMHB na publicação. A presença do logo da AMB se justifica. Trata-se de uma associação à qual a AMHB é filiada. Já a presença do CFM causa desconfiança. O que o logo de um conselho que possui atribuições constitucionais de fiscalização e normatização da prática médica faz na Gazetinha? Seria a Gazetinha um instrumento de fiscalização e normatização? Obviamente não. Por exemplo, na capa do boletim Circulação da Associação Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular há o logo da AMB mas não o do CRF.
O título da Nota Oficial é "Céticos versus homeopatia: conflitos de idéias e interesses". Abaixo reproduzo em azul e comento somente as partes principais que estão em desacordo com os fatos e com a Cultura Científica.

"Com apelos publicitários expressivos, lançam mão agora de falsos conceitos sobre a ciência, para enganar a opinião pública e principalmente tentar ludibriar as INSTITUIÇÕES de ensino, de pesquisa e de profissionais."
Não sei exatamente a quem a nota se refere, mas não li nenhuma linha crítica à homeopatia empregando "falsos conceitos sobre a ciência para enganar a opinião pública".

"Os motivos verdadeiros que os movem, naturalmente se escondem atrás das fontes de seus financiamentos. E estas fontes não são oriundas da ciência nem daqueles que são sinceros com os interesses da mesma!"
A velha e paranóica afirmação em relação aos cientistas que mostram que homeopatia não é ciência. Este blog, como vários outros, tem reiteradamente afirmado que homeopatia não é ciência. E nunca recebeu um centavo da indústria farmacêutica. Aliás, ele não tem fonte de financiamento alguma.

"A homeopatia tem sido uma ferramenta a mais nas mãos das ciências médicas há mais de 200 anos, prestando serviços à saúde das populações. Ao longo destes anos, os HOMEOPATAS jamais se furtaram ao debate acadêmico e científico."
Aí está a primeira confusão conceitual: Ciência não é debate. É método. Ao contrário do que ocorre nas humanidades, o debate acadêmico científico só existe balizado por uma metodologia que permite verificar hipóteses. As idéias de Hannemann jamais foram validadas pelo método científico. Ao contrário.

"E do ponto de vista da ciência, existe algo que nunca se pode abrir mão: SÃO OS FATOS."
Eu não poderia concordar mais com essa passagem da nota.

"É importante salientar que a Organização Mundial de Saúde, além de constatar o crescimento do uso da homeopatia nos diversos continentes, vem também adotando como estratégia o incentivo aos seus países membros, para que adotem o uso da homeopatia como recurso terapêutico e adotem pesquisas sobre a segurança e a eficácia de seu uso."
Essa frase longa contém uma verdade e uma mentira.
É verdade que a OMS publicou em 2010 um "Guia de Segurança para a preparação de remédios homeopáticos, que pode ser obtido diretamente na página da OMS. Nada mais apropriado: vários remédios homeopáticos são preparados a partir de substâncias altamente tóxicas ou letais, sacudidas e diluídas até que não sobre nenhuma molécula da substância original no remédio que será tomado. É muito importante o farmacêutico que prepara essa diluição ter certeza de que nenhuma molécula tóxica está presente no produto final, caso contrário conseqüências desagradáveis podem ocorrer.
É mentira que a OMS incentive o uso da homeopatia. Em 1999 B. Poitevin, então presidente da "Associação Francesa de Pesquisas em Homeopatia" publicou um artigo de opinião no Bulletin of the World Health Organization, no qual ele propunha a integração da homeopatia nos sistemas de saúde. Esse artigo reflete a opinião do Sr. Poitevin, não da OMS.  Em meados de 2010 o grupo Voice of Young Science Network enviou uma carta aberta à OMS sugerindo que a OMS condenasse o uso de homeopatia para tratar de tuberculose, diarréia infantil, gripe, malária e HIV. Todas doençcas que podem levar ao óbito do paciente. A carta foi devidamente criticada na página da ABMH. No entanto, a OMS pronunciou-se claramente NÃO recomendando homeopatia para tratar essas doenças. Isso está documentado no Counterknowledge e pela BBC.

"SÃO OS FATOS OBSERVADOS PELA EVOLUÇÃO CLÍNICA DOS PACIENTES E DOENTES que atestam e cientificamente definem o valor de um tratamento, pois a prova final será dada pela qualidade dos resultados clínicos, em termos de segurança e eficácia, para a medicina."
Quem escreveu a nota mostra desconhecimento do que é o método científico. Testes clínicos científicos exigem um protocolo rígido a ser seguido, o do estudo duplo cego. Todos os meta-estudos feitos a partir de estudos duplo-cego até hoje mostraram que a homeopatia não tem efeito maior que o placebo. Isso é definitivo, motivou em 2005 um editorial da Lancet sugerindo que não se gaste mais recursos em pesquisas com homeopatia. O resultado não surpreende, dado que os remédios homeopáticos não contém concentração relevante de princípio ativo.

"Por isso, o nosso repúdio a este movimento de pseudo-céticos ingleses, que procuram expandir mundo afora os seus ataques à Homeopatia, que insultam deliberadamente a inteligência, a autonomia, as instituições, a auto-determinação e a soberania da nação brasileira!"
Não sei por que a nota qualifica o movimento 10:23 britânico como pseudo-cético. A frase final de tom emocionado-nacionalista mostra um certo exagero. Eu venho há anos dizendo que a homeopatia não é uma prática científica sem insultar essa lista de instituições.

Para finalizar esse longo texto, quero chamar a atenção para o que o NCCAM afirma sobre homeopatia em sua página. O National Center for Complementary and Alternative Medicine é uma instituição de pesquisa do National Institutes of Health norte-americano que foi estabelecida para estudar medicina complementar e alternativa. Ele foi criado por pressão de membros do congresso adeptos dessas práticas que esperavam assim validá-las. Milhões de dólares do contribuinte americano foram investidos nessas pesquisas. Está na página deles:
"A maior parte das análises da pesquisa em homeopatia concluiu que há pouca evidência para apoiar homeopatia como um tratamento efetivo para qualquer condição de saúde específica, e que muitos estudos foram falhos. No entanto, existem alguns estudos observacionais individuais, estudos duplo-cego controlados por placebo, além de pesquisa laboratorial que apontam resultados positivos ou propriedades físicas e químicas únicas de remédios homeopáticos".

Eu adoraria ver esses raros estudos.

O maior problema com a Nota Oficial da ABMH é que ela pretende validar cientificamente o que não pode ser demonstrado cientificamente. E apelam para outras formas de validação de autoridade, como o logo e a menção ao CRM e a falsa recomendação da OMS.

Não seria a hora, como sugeriu aqui nesse blog o ex-conselheiro e ex-diretor do Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo) Dr. Celio Levyman, de o CRM rever o status de especialidade conferido à homeopatia? Não poderíamos seguir o exemplo do Voice of Young Science Network e buscar formar opinião nessa direção?

Referências: 
Shang, A., Huwiler-Müntener, K., Nartey, L., Jüni, P., Dörig, S., Sterne, J., Pewsner, D., & Egger, M. (2005). Are the clinical effects of homoeopathy placebo effects? Comparative study of placebo-controlled trials of homoeopathy and allopathy The Lancet, 366 (9487), 726-732 DOI: 10.1016/S0140-6736(05)67177-2

The Lancet, . (2005). The end of homoeopathy The Lancet, 366 (9487), 690-690 DOI: 10.1016/S0140-6736(05)67149-8

Comentários

Igor Santos disse…
Excelente texto, Leandro!
É realmente uma pena que os representantes da AMHB achem que a palavra deles tem peso de evidência científica.
Fica cada vez mais claro que homeopatia é só mais uma forma de religião.
Gabriel Cunha disse…
Excelente Leandro, eu classifico essa nota da AMHB como bullying virtual. Principalmente porque NINGUÉM se dispôs a conversar com as pessoas responsáveis pelo protesto.

Preferem soltar notinhas e reclamar, por saberem que, fato contra fato, não têm nenhuma chance.
Véras disse…
Leandro, ótimo texto. Parabéns!

Sobre "esses raros estudos"que vc adoraria ver eles estão por aí, aos montes (infelizmente ñ são tão raros assim), mas em geral são terrivelmente deficientes em termos de rigor metodológico e não são replicáveis. Estudos in vivo e in vitro são publicados de tempos em tempos com ultra-diluídas, mas é só olhar na metodologia que os problemas aparecem. Quando utilizam-se protocolos com aleatorização e 'cegamento' dos pesquisadores que administram os tratamentos e que recolhem e analisam os dados, os resultados positivos somem. Os raros (aí sim) resultados positivos que aparecem nessas condições mais controladas, no entanto, jamais são replicados por grupos independentes seguindo condições rigorosas.

Este é o problema com os homeopatas e com os defensores da maioria das práticas alternativas. Qualquer um, acostumado com metodologia científica e estatística, sabe que alguns artefatos, frutos de erros sistemáticos e erros aleatórios, são esperados e este parecem resultados positivos, mesmo quando não há um fenômeno de verdade. Porém, os homeopatas só acham que há erro quando o resultado não os agrada, aí inventam todo o tipo de desculpa e os desconsideram, como tentam fazer com as diversas meta-análises e revisões sistemáticas e com as tentativas fracassadas de reproduzir os resultados de gente como Benveniste e Ennis.

Agora a moda é dizer que a ciências dos materiais apóia a homeopatia e que 'nanobolhas' ou 'clatratos' é que viabilizam os efeitos das soluções ultra-diluídas. Já ouvi esta mesma ladainha antes, e quando foram testar estas especulações em condições, realmente controladas, a 'explicação' para de funcionar. Deve ser a presença dos céticos que interfere com a pobre da memória da água. :)

Abraços,

Rodrigo
Véras disse…
Lendro, como vc é fisico vc vai se divertir com isso aqui:

http://www.sciencedirect.com/science/issue/7170-2007-999039996-664535

O descuido dos trabalhos empíricos é digno de nota.

Philip Ball destrincha estes artigos aqui:

http://philipball.blogspot.com/search?q=homeopathy

Abraços,

Rodrigo
Abraços,

Rodrigo
Pedro Homero disse…
Amigos Brasileiros!

Vou fazer, se me autorizam, uma chamada de atenção para este excelente texto no site da campanha 10:23 Portugal, em 1023portugal.wordpress.com

É interessante ver que os mesmos argumentos bobos são usados tanto num lado como no outro do Oceano Atlântico :D

Por fim, a frase ""A homeopatia tem sido uma ferramenta a mais nas mãos das ciências médicas há mais de 200 anos" é muito divertida para que usa o Português de Portugal, pois cá algo "a mais" é algo que sobra, que não é necessário, que devia ser retirado!

Abraço,
Pedro Homero
10:23 Portugal
Anônimo disse…
Bem dito.
ciclamio barreto disse…
Hi, Leandro,
Há sim, vida inteligente no blogger. Importantíssimo seu texto "Homeopatia não é ciência". Acrescento o óbvio: Homeopatia não é tecnologia. É apenas um negócio e dos mais lucrativos. Dois aspectos que me recordo agora. Primeiro, o inevitável risco a que são sujeitos pacientes, quando um "médico homeopata" não raro lhes aconselha contra a medicina convencional. Há até casos em que proíbem os pacientes de se vacinarem ou de tomar antibióticos. O nome disso devia ser crime do tipo doloso. Segundo, qual a diferença em relação àquele casal, seguidores da religião Testemunhas de Jeová, que deixou a filha morrer porque não aceitava que fosse feita uma transfusão de sangue? (Ref.: http://www.diariodepernambuco.com.br/nota.asp?materia=20101118140748 )
Iluminada disse…
Não podemos e não devemos denegrir dessa maneira a eficácia dos remédios homeopáticos, pois existem inúmeros casos de cura total de inúmeras patologias. O homeopata consciente nunca proibe sue cliente de ingerir antibióticos. Eu mesma já passei por determinada patologia e fui aconselhada pelo meu homeopata a fazer tratamento com antibiótico. Agora, realmente o remédio homeopático é muito sutil e não faz o efeito desejado em qualquer organismo. Sandra Marília
Excelente post professor Leandro. Realmente é uma pena que em pleno século XXI pessoas acreditem em tratamentos alternativos, principalmente tratamentos sem estudo científico algum!!!
Aproveito a oportunidade para falar de um blog que eu e mais 4 amigos formados em física na UNESP de Ilha Solteira estamos tocando...
A princípio a gente ta com muitas ideias, mas que não sairam do papel, esperamos que esse projeto de certo... Ficariamos contentes se o senhor visitasse e fizesse críticas e sugestões...
Abraços!!!
accustandard disse…
Acho que a homeopatia nunca foi tão falada!!!!
Instituto disse…
Leandro
Sou Médico "e" Homeopata. Nunca prestei exame para Especialista em Homeopatia. Fiz o curso do Instituto Hahnemanniano do Brasil, no Rio de Janeiro, mas não me considero "Especialista". Trabalho há 25 anos com Homeopatia, mas especificamente com Nosódios.Há anos não solicito exames complementares e não uso medicamentos alopáticos, apesar de achá-los excelentes quando precisamente indicados. Sei disso pois fiz residência em Clínica Médica e trabalhei muitos anos em Emergências e UTIs e , nos dias de hoje, quando acho necessário o seu uso encaminho o caso para um alopata. Quero dizer que tenho milhares de casos clínicos resolvidos com homeopatia. Estou escrevendo entretanto pois concordo integralmente com voce quando diz que homeopatia não é ciência e dizer que apóio voce em relação à posição equivocada da AMHB quando tenta provar o que não foi provado. Penso como voce , e como todos os países do mundo, que a homeopatia não pode ser uma especialidade médica. Mas penso que sua prática popular deve ser continuada pelo povo. Esse é hoje o meu trabalho. Manter viva as práticas populares de saúde das quais , a meu ver, a homeopatia faz parte. Leia meu artigo:
http://www.robertocosta.org.br/?cat=4
Att.
Recebi o comentário a seguir mas sem querer o apaguei em lugar de publicar. Peço desculpas ao autor Paulo Andrade e o reproduzo abaixo:


Já percebi que desse lado do Atlântito também há gente parva.E eu a pensar que era só neste lado...O que atenta contar a Homeopatia é a actuação de alguns Homeopatas, e não a Homeopatia em si.Realmente o texto do Sr. Leandro é notável, mas em boa verdade lhe digo que o que escreveu tanto se aplica à Homeopatia como à Alopatia e à ciência em geral.Quantos estudos, depois da validação científica, se vêm agora postos em causa ? questionados ?Até mesmo na àrea da Física (já que é a sua) ?? Quantos protocolos terapêuticos e medicamentos são revistos, postos em dúvida e, não raras vezes ,anulados em detrimento de outros que ocorrem entretanto e que, ao contrário do que seria de esperar, não constituem mais valia em relação aos anteriores ? Então mas não estavam todos com a "chancela" da ciência ? Não tinham sido todos estudados etc..etc. ?? Antes de Rutherford descobrir as partículas alfa, podíamos dizer e afirmar que elas não existiam ???Quando Demócrito formulou a primeira hipótese do àtomo podíamos afirmar que o àtomo não existia ????Quando Bohr teorizou e daí constituiu a base para a mecânica quântica, antes disto podíamos negar a existência da partícula subatómica ??Sei lá....os exemplos são tantos e tantos...Tudo isto para dizer que no conhecimento humano não podemos NUNCA adotar posições extremistas.Não neguemos um fenómeno, apenas porque não o conseguimos reproduzir de forma voluntária, ou apenas porque não o conseguimos explicar.Esta é uma das grandes permissas da ciência.Quantos medicamentos utilizados pela medicina convencional (estou no 5º ano,só para que se saiba) existem e cuja farmacodinâmica ou farmacocinética se desconhece ?Então se é assim ,se adotamos mentalidades tão pobres e fechadas, vamos então tirar da Medicina estes fármacos.Temos de ser coerentes...Retiremos da Medicina alguns anestésicos (Ainda há pouco tempo em aulas da faculdade questionei o meu prof, que é anestesiologista,sobre o mecanismo de ação de alguns destes anestésicos e ele disse-me que está mal compreendido nalguns casos, e noutros nem sabem.).Então retiremos também a adenosina (um fármaco muito bom a reverter taquicardias, mas cujo mecanismo de ação se desconhece na sua totalidade), que não se dê medicação "empírica", ou seja, não se dê antibióticos sem fazer o esfregaço e identificar o bicho responbsável pela infeção...Isto são apenas alguns exemplos.Há mais...muito mais...Na adolescência o que me tratou foi a Homeopatia.Ponto final.É um facto.E quem conhece os princípios pelos quais se rege a Homeopatia, saberá certamente que precisamente por não ser químico o resultado nunca pode ser reproduzido de forma voluntária com os mesmsos métodos utilizados para dosear e estudar os químicos.Precisamente porque a metodologia é utilizada para OS QUÍMICOS.Perceberam agora ?Naturalmente se eu tenho um qualquer efeito, não químico, é óbvio que para o detetar e reproduzir de forma aleatória e independente a metodologia de estudo tem que ser alterada.É um pouco como funciona a luz UV.Revela o que está em determinado sítio.E antes de iluminarmos esse sítio com UV, podiamos afirmar que não está lá nada ??? Não!!! Óbvio que não.Basta ter bom senso.Para se provar que lá está algo temos que mudar de técnica e/ou método.
Espero que percebam de uma vez por todas....Nada de posições extremistas.O que interessa no meio destas guerrinhas de treta é sempre e sempre a Saúde e o bem estar de quem precisa, cumprindo sempre o nobre princípio da ciência médica :"Não prejudicar"!

Paulo Andrade
Caro Paulo,
Ainda envergonhado por ter inadvertidamente não autorizado seu comentário original, não posso deixar de comentá-lo.
Aqui desse lado do Atlântico nós não costumamos chamar de parvos as pessoas com quem não concordamos.
Seu comentário tem pelo menos um erro grave de lógica. Você argumenta que a ciência ainda não consegue entender os efeitos da homeopatia mas um dia conseguirá. Nada mais ingênuo. TODOS os estudos bem feitos até hoje mostraram que o efeito terapeutico da homeopatia nunca é maior que o placebo. Isso significa que os medicamentos homeopáticos não têm efeito algum sobre as doenças que se propõem a tratar. Por isso podemos esperar para sempre e a ciência nunca explicará o que não existe.
Sua interpretação equivocada dos dados sobre homeopatia não são motivo para classificá-lo como parvo. Somente como alguém que não tem formação científica suficiente para entender a diferença entre um efeito real e crença. Como muitas outras pessoas...
Anônimo disse…
É Leandro ,antes de mais nada, você é um fisico, que não acredita em Deus, porque não pode provar cientificamente a sua existência. Por mais que um médico homeopata com anos de experiencia , queira argumentar a favor da homeopatia, você será contra, porque você é um FISICO , estudou para isso e sempre será do contra porque para entender e defender a homeopatia como método terapêutico humano e animal é preciso , antes de tudo ter a mente aberta, acreditar, estudar o método e os resultados práticos. MAS VOCÊ NÃO ACREDITA NISSO , E PELA LÓGICA , VOCÊ NÃO PODE MEDIR A INTENSIDADE , NEM O VALOR DA FÉ E DO PODER DE DEUS...PORTANTO , SE VOCÊ NÃO TEM FÉ, NÃO ACREDITA EM DEUS, E SE NÃO ACREDITA EM DEUS , COMO É QUE VOCÊ VAI QUERER ENTENDER A HOMEOPATIA. Espero que você viva, muitos anos , uns 110 anos e possa nesse tempo ser testemunha dos acontecimentos que virão e perder um pouco da tua arrogância cientifica.
Caro Anônimo,
Não é me elogiando que você vai conseguir minha simpatia...
Eduardo Oliveira disse…
O anônimo sugere o quê??! Que um físico não pode contestar a homeopatia, porquê ele é ateu e precisa de...fé??! Pois então tá bom, aqui vai a opinião de um farmacêutico que teve aulas de homeopatia na Universidade: Homeopatia funciona na mesma medida que placebo também funciona. Só que será que vender placebo (e caro) é eticamente defensável?! Penso que não...Quanto à questão de fé...apesar de ser importante no processo de cura, a crença na efetividade de um tratamento (algo como a fé) não deve servir de critério para a aprovação e registro de medicamentos. A homeopatia não é melhor do que pílulas de açucar..Ops, na verdade a homeopatia é exatamente isso: pílulas de açucar bem carinhas! Por último, não consigo ver muita sinceridade no desejo expresso pelo anônimo pela longevidade do Leandro..na linha seguinte ele agride o autor chamando-o de arrogante!